... Depois dessa crise, Lutero estava fisicamente bem, mas continuava desanimado. Ele caiu num estado de letargia e nada nem ninguém conseguia tirá-lo deste estado depressivo. Ficava sentado, olhando para o espaço, em profunda tristeza. Catarina tentou de tudo para animá -lo e fazer com que voltasse ao normal, mas nada adiantava.
O doutor Bugenhagen vinha diariamente para conversar com ele e tentar alegrá-lo.
- Alguma coisa precisa acontecer para tirá-lo deste estado de Espírito - ele falou para Catarina. - O doutor parece que não tem mais forças para lutar.
Catarina não respondeu. Ela ficou olhando para a porta fechada do escritório com expressão pensativa.
Aquela noite, ela foi até o quarto e vestiu suas roupas de luto. Como toque final, acrescentou um véu preto, bem fechado, e cobriu seu rosto. Lentamente, subiu as escadas e entrou no escritório de Lutero. Ele estava sentado diante de sua escrivaninha, as mãos inertes, seus olhos olhando o nada. Quando viu sua esposa vestida daquele modo, sua boca se abriu de espanto.
- Catarina! o que aconteceu? Por que você está vestida de luto?
Catarina virou o rosto profundamente triste para o marido.
- Oh! - ela disse - é terrível, terrível!
- o que é terrível?
- Deus está morto - respondeu, sacudindo a cabeça.
- Deus está morto? - berrou Lutero. - Do que, em nome dos céus, você está falando?
- Você não é o doutor Lutero? - Catarina perguntou. - Você não é meu pastor e meu marido?
Ele concordou sem compreender.
- Então, julgando por sua atitude durante essas últimas semanas, eu posso ver e sentir que Deus está morto. Se não fosse assim, você usaria sua grande fé nele para sair desse estado de letargia (apatia).
Lutero ficou olhando para ela por um longo tempo. Então falou:
- Você tem razão, Catarina. - ele baixou a cabeça e acrescentou: - Estou envergonhado de mim mesmo.
Catarina correu até ele e falou:
- Não se sinta envergonhado, querido doutor. Acontece com todos nós. Eu só queria ajudar você a ver o que estava fazendo.
Lutero colocou os braços ao redor dela.
- Você me ajudou, Catarina; você me ajudou muito...
Quer saber o que aconteceu? Como continua esta história? Leia então: Catarina, minha querida. Livro escrito por E. Jane Mall, que entre ficção e história real, revelam o convívio de um casal que serviu a Deus e pode viver um casamento, uma família, um amor, se não ideal, nem perfeito, soube suportar as dificuldades e se apoiar mutuamente.
Percebemos que não raras vezes entre os casais de hoje, a preocupação está em encontrar a felicidade pessoal e não se dão conta de que falta a felicidade conjugal, para ambos. A importância está em eu ser feliz, realizado, mesmo que a outra parte esteja infeliz, com problemas.
O verdadeiro amor está em fazer o outro (a) feliz, em buscar a felicidade para aquele (a) a quem se ama. Cristo fez isso, para proporcionar ao ser humano a felicidade, se ofereceu em sacríficio, e desta forma nos abriu as portas celestiais.
Se você ama alguém, não demonstre isso apenas com presentes, com um dia especial (o dia dos namorados), seja namorado (a) todos os dias, através do afeto, do carinho, demonstrando na prática o que a boca fala, colocando-se ao lado nos momentos difíceis, não se esquivando quando as coisas não dão certo, não jogando a culpa sobre o outro (a), respeitando a opinião, o pensamento, o jeito de ser, a personalidade, pois provavelmente foi isso que te atraiu.
Acima de tudo, deixe Deus guiar os passos deste amor, seja do casamento, seja do namoro, seja do noivado. "O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se resente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta." 1 Co 13.4-7
Então, ame de verdade, viva o amor que Deus te deu, com a esposa (o) que Deus te deu, nunca esquecendo que ele, o Senhor está ao lado, abençoando o caminho a dois. É claro, se puder, se estiver ao se alcance, presenteie seu amor, que seja apenas flores, ou algo maior, isso ajuda a demonstrar seu amor, mas não é apenas isso, é o dia-a-dia, a convivência, o andar lado a lado, as mãos dadas, o abraço, o beijo não apenas por costume, mas carregado de amor, carinho, afeto...
Que Deus proteja o seu amor de todos os perigos, e tenham uma semana abençoada! Com muito amor, e com o amor de Cristo!
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